Um casal deve conversar bastante antes de decidir ter filhos ou não, e o mesmo acontece com a decisão de optar por cirurgias que tornam a pessoa estéril. E os homens que desejam prevenir a natalidade podem optar pela vasectomia, uma cirurgia simples que elimina os espermatozoides no sêmen. Praticamente, não há riscos no procedimento e sua porcentagem de efetividade é alta.
No entanto, a falta de informações sobre a vasectomia pode gerar algumas dúvidas. Neste post, esclarecemos:
- o que é a cirurgia,
- como é realizado o procedimento,
- quem pode fazê-lo, se é possível reverter o resultado e
- quais são os riscos envolvidos.
Acompanhe!
O que é a vasectomia?
A vasectomia é um método de contracepção, feito por meio da esterilização masculina. Os gametas masculinos, chamados espermatozoides, são os responsáveis pela formação do embrião após o encontro com o gameta feminino. Desse modo, a cirurgia consiste em não permitir esse encontro, eliminando o espermatozoide (que fica retido no epidídimo) do líquido ejaculado no ato sexual.
O homem não deixa de ser fértil, visto que os gametas continuam a ser produzidos, sem, no entanto, serem exteriorizados. Porém, como ficam retidos por um longo tempo nos ductos do organismo, os espermatozoides morrem e são reabsorvidos pelo corpo.
Essa cirurgia corresponde à laqueadura tubária, realizada na mulher, porém, é mais simples e oferece menor risco de complicações.
Como o procedimento é realizado?
Os espermatozoides são produzidos no testículo, podendo chegar a uma quantidade de até 200 milhões por dia. Após atingir a maturidade, o que demora cerca de 70 dias, esses gametas desembocam em uma estrutura chamada de epidídimo. Nesse ponto ganham a capacidade de se locomover após 24 a 48 horas, chegando aos canais deferentes.
Esses canais levarão os gametas masculinos até a uretra, local onde se misturam aos fluidos da vesícula seminal e da próstata e formam o sêmen, líquido que é expelido durante a ejaculação.
A cirurgia consiste em interromper a chegada dos espermatozoides na uretra, seccionando o ducto deferente que faz a comunicação entre ela e os testículos.
Após a separação dos ductos, são utilizadas manobras, como nó e cauterização nas pontas. Isso é importante porque, mesmo sendo raro, existe a possibilidade de acontecer uma recanalização (encontro das pontas seccionadas). Desse modo, realizar essas técnicas e manter as pontas desalinhadas são cuidados que diminuem ao máximo a chance de os ductos recanalizarem.
A cirurgia é de pequeno porte e pode ser feita em consultório, mas é mais segura quando ocorre em ambiente hospitalar. A alta é dada no mesmo dia, não havendo grandes restrições.
Quem pode fazer uma vasectomia?
Esse método pode ser realizado por homens que não desejam mais ter filhos. Essa é uma decisão que deve ser tomada em conjunto com a parceira e após reflexão, visto que a esterilização normalmente é definitiva. Segundo a Lei Federal 9.263/96, é possível realizar a vasectomia após os 25 anos ou quando a pessoa já tem dois filhos nascidos vivos.
Qual é a possibilidade de reverter a cirurgia?
Homens que desejarem ter filhos após a vasectomia podem realizar a cirurgia de reversão. No procedimento, o cirurgião tenta recanalizar os ductos deferentes, porém, a efetividade não é uma certeza.
Durante a cirurgia, a bolsa escrotal é aberta e as pontas são preparadas e ligadas por meio de sutura. Essa é uma cirurgia muito delicada, visto que os ductos possuem espessura muito reduzida, sendo necessário usar um microscópio que aumente de 20 a 25 vezes a visão da região.
As chances de sucesso na reversão são raras e muito baixas. É por esse motivo que um homem que opta pela vasectomia deve encará-la como uma escolha permanente. As possibilidades são melhores para quem realizou a cirurgia há menos de 15 anos. Após os 45 anos, a fertilidade diminui, o que é algo fisiológico e também é um fator decisivo para o sucesso de uma possível gravidez.
Atualmente, existem métodos modernos de fertilização, como a reprodução assistida e a fertilização in vitro. Estas técnicas podem ser escolhidas no lugar de uma reversão de vasectomia. Isso porque é possível fazer punção dos espermatozoides, que continuam viáveis e, portanto, possibilitam a tentativa de uma nova gestação.
Quais são os riscos e os efeitos colaterais?
Como em qualquer procedimento cirúrgico, na vasectomia, existe o risco de sangramentos, infecções, hematomas e dores. No entanto, os riscos de complicações são muito baixos. Para fugir dos incômodos, é preciso cuidar da ferida cirúrgica e da região escrotal, que fica sensível por alguns dias, colocando compressas geladas e evitando atividades físicas.
Os maiores medos que cercam a cirurgia incluem a impotência e a dificuldade de sentir prazer sexual. Saiba que esses são mitos: a vasectomia não oferece nenhum prejuízo à performance sexual ou à produção de líquido ejaculatório. Uma vez que as secreções da vesícula seminal e da próstata ainda chegam à uretra.
Na verdade, a libido pode até melhorar, visto que o homem participa do ato sexual sem a preocupação de engravidar a parceira. O risco de desenvolver câncer de próstata também não está relacionado à vasectomia, pois essa informação, que está presente em alguns estudos, já foi invalidada.
Risco de vasectomia não ser efetiva
O maior risco é, na realidade, a não esterilização imediata. A vasectomia não torna o homem estéril no ato cirúrgico. Há espermatozoides armazenados na parte superior do canal, na ampola, nas vesículas seminais e nos ductos ejaculatórios. Para que os canais não possuam mais espermatozoides, são necessárias de 20 a 25 ejaculações, o que pode variar de acordo com o organismo de cada pessoa.
Desse modo, para verificar se a cirurgia foi efetiva, é preciso contabilizar os gametas masculinos no sêmen após cerca de dois meses. Durante esse período, o casal deve empregar outro método contraceptivo, como camisinha ou medicação anticoncepcional.
O exame realizado é chamado de espermograma e verifica se há presença de espermatozoides no líquido ejaculatório. O sucesso da operação é determinado quando não há gametas capazes de fecundar um óvulo no sêmen.
A vasectomia é um ótimo procedimento para casais que desejam não ter mais filhos, sendo muito mais segura e menos invasiva que a laqueadura tubária. Dúvidas e medos devem sempre ser tirados com um médico de confiança, a fim de garantir o sucesso da escolha e da cirurgia.
Ainda tem dúvidas sobre a reversibilidade da vasectomia? Leia mais informações sobre isso aqui no blog!
























ura por nódulos testiculares deve ser realizada durante avaliação no urologista. São raras as situações onde está indicado ao paciente que procure por nódulos de forma ativa, ao que chamamos auto-exame.
A presença de varizes no cordão espermático pode causar elevações na bolsa escrotal que se confundem com nódulos de testículo. Nestes casos os nódulo se assemelham cordões assim como os presentes nas pernas. Normalmente variam de tamanho com esforço abdominal.



Rim dilatado – quais são as causas?
